Cooperativa Cultural Brasileira irá sortear um tablet! Cooperado não perca!
Imagens da Assembleia Geral 2011 da Aliança Cooperativa Internacional (ACI)
Prezado sócio, ganhe um tablet e venda seus produtos neste natal e faça a programação de 2012 da sua cooperativa
Parceria CCB e UNIMUS: projeto de intercâmbio cultural Espírito Mundo 2012
O Espírito Mundo é um projeto de INTERCÂMBIO CULTURAL, com foco na aproximação entre as culturas e abertura de mercado e novas oportunidades através das parcerias criadas entre os produtores e artistas participantes. Não é um projeto de entretenimento comercial, mas de fomento artístico cultural entre instituições sem fins lucrativos no Brasil e no exterior.
O projeto é de iniciativa do Instituto Quorum, que assume a responsabilidade de assessorar a internacionalização dos artistas brasileiros por meio de apresentações, oficinas, master class e residências artísticas, dentre outros, nos diversos aspectos que englobam: Participação em eventos artísticos culturais, assessoria de imprensa especializada, regularização junto à imigração nos países com exigência de visto de trabalho.
Durante a realização dos festivais, está incluso ainda a logística nos locais dos eventos, como alimentação, hospedagem, traslado local, bem como toda a estrutura técnica, cobertura videográfica e divulgação do artista com transmissão ao vivo nas redes sociais.
Caso seja do seu interesse participar do PROJETO ESPÍRITO MUNDO 2012*, considerando os festivais no verão europeu, preencha os dados abaixo até o dia 16 de Novembro de 2011.
* Festivais ESPÍRITO MUNDO 2012 (datas em confirmação)
V Espírito Poitou, Celles Sur Belle - França, Agosto de 2012
III Espírito Provence, Aix-en-Provence – França, Setembro de 2012
II Hay Espírito Madrid, Madrid – Espanha, Setembro de 2012
II Espírito Brum, Birmingham – Inglaterra, Setembro de 2012
ALGUNS NÚMEROS DO FESTIVAL ESPÍRITO MUNDO
Entre 2008 a 2011, o projeto já enviou para a Europa mais de 170 artistas e técnicos brasileiros e 400 estrangeiros envolvidos diretamente na realização de 194 shows em festivais realizados, 12 residências artísticas (literatura; música; artes plásticas), 10 apresentações de teatro, 8 gravações em estudio, 06 exposições artes plásticas, 53 oficinas/master class, 25 exibições de vídeos, 03 cine-forum, 10 produções de videoclipes, 01 lançamento de livro bilingue de poesia; 08 apresentações de dança contemporânea, 6 seminarios, 10 Participações em feiras internacionais (Womex;Popkomm; Bafim; Midem, etc.) além de diversas ações na Alemanha, Dinamarca, Eslovênia, França, Suíça, Portugal, Espanha, Inglaterra, dentre outros países além de turnês no Brasil (ES, RJ, SP, DF, MG, PB, CE, PE) envolvendo também diversos países da África.
Em 2011, foram 68 transmissões simultâneas para 51 países e mais de 100 horas de gravação (HD) e entre o Brasil, França, Espanha e Inglaterra.
RETORNO MIDÍATICO 2011
Somente nas ações de 2011, o projeto alcançou espaços na mídia espontânea que somam mais de 30.305 cm2 (*) da mídia impressa brasileira e européia, 51 países acessaram o site www.espiritomundo.com, mais de 2.200 links Google, 30 minutos de TV, 08 horas de entrevistas em rádio francesa, inglesa e espanhola.
TERMOS E CONDIÇÕES
Click no link abaixo e acesse os termos e condições para participação no Festival Espirito Mundo 2012
https://espiritomundo.wufoo.com/forms/termos-e-condiaaes-gerais/
Cooperado Reynaldo Bessa lança amanhã o livro de contos "Algarobas Urbanas"
CCB - Quais seriam os “frutos” de uma algaroba urbana?
Venham ficar sob as sombras das algarobas, mas cuidado com os espinhos...
Série de workshops sobre projetos culturais
Mudou-se para São Paulo em 1999. Especialista em eventos, administradora de empresas, produtora cultural, consultora e professora. Iniciou-se no setor hoteleiro, passando pelo de eventos, turismo e desenvolvimento de ações culturais além de comunicação e marketing, atuando no setor cultural há mais de 20 anos.
Em Minas Gerais, seu primeiro trabalho foi com recreação infantil aos 13 anos de idade. Foi locutora na Rádio Circuito das Águas aos 17 anos e aos 19 já tinha sua própria empresa. Ficou a frente da Secretária de Turismo e Cultura da Prefeitura Municipal de Andrelândia. Foi sócia da agência de turismo ecológico “Cerros da Mantiqueira” e publicou durante quatro anos o jornal Informativo do Turista e por dois anos o Informativo Sul de Minas. Desenvolveu em 168 cidades do Sul de Minas o projeto “Costurando o Turismo do Sul de Minas”.
Em São Paulo trabalhou em várias agências de marketing e eventos. Atuou como gerente da empresa Trovadores Urbanos, conhecida pelas serenatas. Produziu e representou por mais de oito anos, o compositor e escritor potiguar Reynaldo Bessa. Realizou produções musicais em variados espaços com a participação de artistas como Zé Rodrix, Guarabyra, Rita Ribeiro, Trovadores Urbanos etc. Foi sócia da agência Outros Sóis Web e do Jornal O Toque-www.otoque.com.br, informativo sobre o mercado da música. Atualmente continua a frente da empresa Lima Cultura, Turismo e Eventos. Mas se destaca como presidente da Cooperativa Cultural Brasileira, onde iniciou em 2007 primeiramente um trabalho de produção de 19 projetos aprovados pela CCB nos editais do PROAC.
Na gestão da CCB idealizou e implantou ações como: a reestruturação do departamento de “Cultura e Fomento” para Projetos, captação e representação dos cooperados junto aos contratantes; a “Incubadora de Cooperativas de Cultura” que visa auxiliar a criação de cooperativas em outras regiões e países (México, Argentina, Peru, Portugal, Angola), aumentando assim a participação democrática dos sócios e a viabilidade efetiva do acesso à cultura; o “Dia de Ação cultural” – um dia inteiro de encontro com a classe artística dos municípios para discutir sobre cultura, cooperativismo e políticas culturais; criação da “FEBRACCULT” Federação Brasileira das Cooperativas de Cultura; além de articular parcerias de intercâmbio com entidades de cultura em muitos países. E atualmente a responsável e coordenadora geral do projeto “A Lenda da Agua Grande – Ballet Nacional de Cuba” realizado através de uma parceria da Cooperativa com o BNC.
Workshops:
13/09 – Workshop: “Elaboração de Projetos”
“ Como elaborar e escrever projetos culturais, artísticos e educacionais que possam ser executados com sucesso.“
O Workshop irá ensinar escrever um projeto. Desde o esboço até a finalização. Quais os itens que envolvem uma construção de projeto.
15/09 – Workshop: “Prestação de Contas em projetos”
“A prestação de contas é estabelecida antes de cadastrar o projeto, ela faz parte da elaboração. Aprenda neste Workshop de A a Z o processo de uma prestação de contas adequada e sem problemas.”
Como elaborar uma planilha de orçamento que poderá ter sua prestação de contas aprovadas /Como preparar uma planilha de custos para projetos e calcular impostos como: INSS, ISS, CONFINS, PIS etc./ Prestar contas para a Lei Rouanet, Proac de ICMS, Emendas parlamentares, projetos para editais/ Leis tributárias e trabalhistas.
19/09 – Workshop: “Lei Roaunet”
“Como colocar seus projetos para aprovação na LEI ROUANET “
O Workshop irá ensinar como enquadrar na Lei Rouanet um projeto já pronto. O que é e como preencher via SALICWEB. Como verificar todas as etapas. Como fazer o acompanhamento do andamento do projeto, da captação etc. Como escrever ofícios, justificativas etc. O que é a Lei Rouanet, como ela funciona e como ela se divide;
20/09 – Workshop: “Lei de incentivo PROAC/ICMS”
“Como colocar seus projetos para aprovação junto ao PROAC DE ICMS “
O Workshop irá ensinar como enquadrar na lei do ICMS - PROAC um projeto em construção. O que é e como apresentar os projetos. Quais os valores estipulados para cada processo. Como verificar todas as etapas. Possibilidades de captação. Números e alíquotas do PROAC. Como trabalhar os patrocinadores e como eles fazem o aporte do dinheiro.
21/09 – Workshop: “Captação de recursos para projetos”
“Você escreveu os passos para seu projeto e agora que você tem tudo pronto vem o mais difícil: onde conseguir e como conseguir dinheiro“
O Workshop trabalhar todas as formas de captação de recursos, não só as com incentivo de leis mas também as variadas possibilidades de capitalizar para seus projetos. Como ser criativo em tempos de crise e como aprender com exemplos bem sucessidos. Eliminar o mito da captação de recursos por lei de incentivo como único recurso.
Informações de todos os workshops:
- dois horários a disposição do participante: das 10 às 13:30 h ou das 19 às 22:30 h
- Carga horária de cada workshop: 3 h.
INVESTIMENTO:
- Cada Workshop:
R$ 80,00 (oitenta reais) para não cooperados
R$ 40,00 (quarenta reais) para cooperados
- Pacote de 3 Workshops
R$ 195,00 (cento e noventa e cinco reais) para não cooperados
R$ 97,50 (noventa e sete reais e cinquenta centavos) para cooperados
- Pacote com os 5 Workshops
R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) para não cooperados
R$ 125,00 (cento e vinte e cinco reais) para cooperados.
PAGAMENTO ANTECIPADO ATÉ 2 DIAS ANTES DO EVENTO TERÁ DESCONTO DE 20%.
Pagamento através de depósito na conta:
Banco do Brasil – Ag. 4078-9 / Conta: 9949-x – Cooperativa Cultural Brasileira – cnpj: 06.292.764/0001-84
Inscrições e informações: ecooa@coopcultural.org.br ou pelo tel: 11-3828-3447 com Míriam ou com Julio (11) 9985-8863
O blog da ECOOA é: ecooa.blogspot.com.
EM BREVE ESTAREMOS COM ESTES CURSOS EM: ARAÇATUBA, PRESIDENTE PRUDENTE, BAURU, MARILIA, RECIFE, CUIABÁ, RIO DE JANEIRO, BRASÍLIA, SALVADOR, SUL DE MINAS, BELO HORIZONTE ETC.
Se Deus quiser falar comigo
Esta única obra ("A Cabana"), no entanto, vendeu 3 milhões de cópias no Brasil desde o lançamento, em outubro de 2008, segundo a editora Sextante (nos EUA, foram mais de 10 milhões).
Para comparação: os sete "Harry Potter" venderam 3,6 milhões em uma década.
Young atribui o sucesso de seu livro aqui à "espiritualidade profunda" dos brasileiros.
Ex-seminarista, filho de missionários, diz que a obra reflete "a jornada de 11 anos para curar meu coração", na qual aprendeu a lidar com seus traumas: o abuso sexual num colégio cristão, a morte de parentes, o caso com uma amiga de sua mulher.
Em paz consigo e desligado de qualquer religião formal, escreveu "A Cabana" a pedido da mulher, como presente de Natal para os seis filhos. Deu algumas cópias a amigos, e dois deles criaram uma editora para publicá-lo.
O livro conta a história de Mackenzie, ou Mack, que se encontra com a Santíssima Trindade na cabana em que a filha foi assassinada.
Young, que participa da Bienal nos dias 7 e 9/9, conversou com a Folha por telefone. Lembrou de sua primeira vinda ao Brasil (em 2009) e falou do impacto do livro em sua vida e na dos leitores.
Folha - Como é a sua vida depois de "A Cabana"?
William P. Young - A jornada para curar meu coração já havia acontecido antes do livro, então nada do que é importante para mim mudou. Agora, posso fazer coisas que não podia, como comprar uma casa, porque tenho dinheiro. Mas o que importa, as relações com amigos, família, Deus, nada disso mudou.
Detalhes dolorosos de sua intimidade foram expostos. Como lida com isso?
Parte do processo de cura é não ter mais segredos. No livro, Mackenzie passa um fim de semana na cabana, e esse período representa 11 anos da minha vida. Nessa fase, ela virou algo aberto, não tenho segredos. Tenho uma história complicada, machuquei pessoas, falhei. Não sou mais quem eu era, não tenho medo do passado, eu o entendo.
No livro, Mack diz não se sentir confortável com suas habilidades para escrever. O sr. se sente confortável com a sua?
Sim. Sou Mackenzie em muitos aspectos. Sempre fui um escritor. Quando era pequeno, a escrita era uma maneira de liberar a dor. Aí comecei a escrever como presente. Mas nunca me ocorreu publicar, nem quando escrevi "A Cabana" como presente para as crianças. Foi um processo engraçado perceber que outras pessoas, além das que me amam, poderiam gostar do que eu escrevia.
Como foi vir ao Brasil?
Estive em São Paulo, Rio e Curitiba e fiquei agradavelmente surpreso. Na primeira noite, em São Paulo, assisti a um show de Cauby Peixoto. Quão incomum, não? Eu não o conhecia, e de repente aquele senhor entrou no palco, com um cabelo longo que era claramente uma peruca, e uma voz linda, fenomenal.
Como vê o fato de a religião estar cada vez mais presente no debate político?
Obama é um homem muito espiritual, assim como o são as pessoas que o estão atacando. Em cada guerra religiosa, todos acham que Deus está do seu lado. Não gosto disso, acho que Deus está do lado da humanidade. A religião é uma coisa que a humanidade criou, uma mitologia que sustenta um poder.
Fonte: MARCO AURÉLIO CANÔNICO/ Folha São de São Paulo
CPI do Ecad ouve Ivan Lins e Sandra de Sá na próxima semana
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de irregularidades no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) reúne-se na próxima quarta-feira (24/8), às 13h, para ouvir os depoimentos de Ivan Lins e de Sandra de Sá. Além dos dois cantores e compositores, participarão o gerente-executivo de Arrecadação do Ecad, Márcio de Oliveira Fernandes, e o advogado Daniel Campello Queiroz, especialista em direito autoral.
A reunião será a sétima da comissão, que é presidida pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-PA) e tem como relator o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Além das denúncias de irregularidades na arrecadação e distribuição de direitos autorais, a comissão pretende investigar os abusos da ordem econômica; a prática de cartel no arbitramento de valores de direito autoral; e a necessidade de debater o modelo de gestão coletiva centralizada de direitos autorais de execução pública no Brasil, bem como o aprimoramento da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais.
Depoimentos – A suspeita de existência de uma “caixa preta”, com falta de transparência na gestão de recursos no Ecad, foi reforçada pelos primeiros depoimentos prestados na comissão, no último dia 2.
Segundo o advogado Samuel Fahel, ex-gerente jurídico do Ecad, diretores e colaboradores da entidade recebem bônus a cada vitória obtida na Justiça, enquanto os autores, que fazem jus aos percentuais arrecadados, ficam sem seus recursos.
Por sua vez, o vice-presidente da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), Oscar Simões, apontou a ausência de transparência e a inexistência de critérios para as cobranças do escritório central, que se transformou em uma máquina de litígios. Ele também condenou a cobrança de 2,55% do faturamento bruto das televisões por assinatura para o Ecad.
A diretora-executiva da União Brasileira de Compositores (UBC), Marisa Gandelman, falou sobre inquérito que envolve ex-funcionários da entidade, ligada ao Ecad. Entre eles, estão o motorista Milton Coitinho dos Santos (suspeito de fraudar fichas de trilhas sonoras de filmes, como Didi quer ser Criança, Polaróides Urbanas e O Homem que Desafiou o Diabo para receber até R$ 120 mil) e a estagiária de Direito Bárbara de Melo Moreira, já ouvidos pela comissão.
Milton disse que nunca ouviu falar do Ecad e que alguém usou o seu nome para envolvê-lo no caso. Também negou ter encontrado uma brecha no sistema de direito autoral para receber dinheiro, acusação que teria motivado o Ecad a abrir inquérito policial contra ele.
No mesmo depoimento, Bárbara confirmou ter recebido dinheiro referente a direito autoral como procuradora do motorista. Informou ter sido convidada a participar do negócio pelo seu cunhado, Rafael Barbor, que trabalhava na sede da UBC. Embora tenha confirmado receber em nome de Milton, ela disse que só veio a conhecer o motorista naquele depoimento da comissão.
Também ouvido pela comissão, o titular da Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, Vinícius Carvalho, atribuiu ao Ecad uma conduta anticompetitiva e “cartelizada”. Após a afirmação que o Ecad distribui bônus, Randolfe Rodrigues quis saber se a prática não descaracterizaria a finalidade da entidade, que não tem fins lucrativos. Vinícius disse acreditar que sim e observou que a atuação do Ecad prejudica tanto artistas quanto consumidores.
Representantes da Associação dos Titulares de Direitos Autorais (Atida) e da Associação de Intérpretes e Músicos (Assim) também esclareceram na comissão os motivos que levaram ao seu descredenciamento da entidade. Se uma suspeita de fraude estaria na raiz do desligamento da Atida, a tentativa de criar um órgão de arrecadação para concorrer ou substituir o Ecad teria levado ao afastamento da Assim. O balanço do Ecad demonstra repasses de recursos para a Atida nos anos de 2007, 2008 e 2009, mas Oliveira negou ter recebido esses pagamentos.
Já os cantores Leoni e Frank Aguiar disseram na comissão que não se sentem representados pelo Ecad. Ambos, porém, manifestaram receio pelo fechamento da entidade, por ser a única estrutura de arrecadação de direito autoral existente no país.
Fonte: Agência Senado
Ex-funcionário da UBC faz novas acusações contra o Ecad
Acusado de fraudar o sistema do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) para receber indevidamente R$ 110 mil provenientes de direitos autorais, o ex-funcionário da União Brasileira de Compositores (UBC) Rafael Côrtes, negou que tenha envolvimento no esquema em depoimento na CPI da Alerj, nesta quinta-feira (18/8).
De acordo com a UBC, Côrtes teria se utilizado de documentos do motorista Milton Coitinho dos Santos para se apropriar de direitos de composições de autores como Caetano Veloso e Guto Graça Mello. O ex-funcionário da UBC, uma das nove associações que compõem o Ecad, aproveitou seu depoimento para fazer novas denúncias contra a instituição.
“O interesse econômico fala mais alto neste mercado, em desrespeito ao artista. Há coisas muito piores na UBC. Já passou da hora de haver fiscalização. Acho que sou bode expiatório, mas não quero ser vítima. Estou tranquilo e irei a Brasília, se convocado para a CPI do Ecad no Congresso”, disse Côrtes, que trabalhou por quatro anos no departamento de relações internacionais da UBC.
Segundo Côrtes, o Ecad cobrou, em 2009, direitos autorais sobre um curta francês sem trilha sonora, que havia sido exibido no Brasil em um festival de cinema. Na época, ele recebeu um e-mail da Facem (sociedade francesa responsável pelo filme) informando que o curta não tinha nenhum tipo de música. Diz ter repassado esse e-mail para o atendimento do Ecad questionando o fato, mas a cobrança teria se mantido.
O réu não soube dizer nem qual era a quantia exata nem quem a recebeu. Ele acusa também o Ecad de cobrar por canções de domínio público e redistribuir a verba entre demais associados com o consentimento da assembleia geral da instituição. Descobriu-se, durante a CPI, que o IP (protocolo da internet) de onde se originaram os e-mails de Milton Coitinho vem de dentro da própria UBC.
A CPI aprovou a acareação de Côrtes e também de sua cunhada, Barbara de Melo, quem recebia os pagamentos em nome de Coitinho através de uma procuração. Diante disso, Côrtes ofereceu a quebra de seus sigilos bancário, telefônico e de e-mail.
“Percebemos erros cometidos nesta arrecadação e distribuição da UBC. O depoimento de Rafael contribuiu para desvendar melindres deste sistema”, disse o deputado estadual André Lazaroni, presidente da CPI.
Fonte: O Globo Online
Invasão da Funarte é anacronismo político
Em recente evento no Rio de Janeiro, de lançamento dos projetos da FUNARTE para 2011, uma jovem colega vinda de São Paulo especialmente para a ocasião, pediu a palavra ao Grassi – presidente da FUNARTE – e ao final do evento leu um manifesto assinado por um grupo auto intitulado Movimento dos Trabalhadores da Cultura, mostrando que o MinC esta investindo muito aquém do que deveria nos programas de fomento e que as ações ali anunciadas eram paliativos diante da dívida do governo federal com o setor. Apesar do pequeno constrangimento causado pela denúncia num momento festivo – e que foi contornado com elegância, educação e espírito democrático pelo presidente Grassi – intimamente fiquei feliz com a manifestação da companheira. Acho que aquela manifestação cumpriu um papel importante ao chamar a atenção da platéia para os descaminhos do MinC.
Me imaginei aos 20 anos, iniciando minha carreira teatral e paralelamente minhas atividades como militante da causa da cultura, e fiquei feliz em pensar que há trinta anos atrás eu poderia ter tido coragem de fazer o que aquela bela e jovem companheira fazia.
Olhando o auditório em que o evento acontecia – sala Sidnei Miller – vi algumas gerações de artistas – a maioria dos quais conhecia pelo nome! – de gente que ao longo dos anos lutou para que tivéssemos um MinC forte, com políticas públicas democráticas, transparentes e permanentes, como aquela colega estava reivindicando. E me senti representado, e senti que aquela voz doce e enérgica representava os meus companheiros ali presentes, pois representava a nossa luta. Não aplaudi, afinal estávamos ali para prestigiar os companheiros da Funarte, que apesar de um ministério inoperante e esvaziado, conseguiam nos dar boas notícias de continuidade dos editais de fomento, de pagamentos que não haviam sido feitos pelo governo anterior, de novidades concretas e boas como novos editais públicos para ocupação das salas da Funarte e a reabertura do Dulcina, entre outras ações. Estávamos ali para apoiar e para comemorar as conquistas que só Deus sabe o que Grassi e sua equipe devem ter gramado para conseguir num ministério onde a Ministra esta mais por fora que umbigo de vedete da Praça Tiradentes...
Apesar de concordar que aquelas ações que estavam sendo anunciadas eram mínimas, reconhecia o esforço e considerava descortês protestar naquele momento, mas intimamente me solidarizei com aquela manifestação juvenil, e naquele caso, justa. Fiquei feliz de ver jovens chutando o pau da barraca, dentro dos limites da razoabilidade, da democracia, ali a única regra quebrada foi a da educação ( e mesmo assim acho que não foi, a colega tinha o direito a falar e falou). Ao final de sua fala/leitura de um manifesto, a jovem companheira anunciou que uma "bomba" estava sendo preparada para chamar a atenção para as reivindicações. Achei engraçada a expressão que transformava a companheira numa Osama Bin Laden dos trópicos e de saia.
Pois é, a tal bomba anunciada foi a invasão das dependências da Funarte/SP no último dia 25, impedindo que os funcionários da casa trabalhassem e suspendendo unilateralmente as atividades culturais que ali se realizavam – inclusive a temporada da peça em cartaz, vencida por edital público.
No tal manifesto o tal Movimento Trabalhadores da Cultura reivindica a "imediata aprovação da PEC 236, que prevê a cultura como direito social; imediata aprovação da PEC 150, que garante que o mínimo de 2% (40 bilhões de reais) do orçamento geral da União seja destinado à Cultura; imediata publicação dos editais de incentivo cultural que foram suspensos; descontingenciamento imediato da parca verba destinada à Cultura".
Poucas vezes eu acompanhei uma ação política tão anacrônica na minha vida.
Que o MinC esta deixando muito a desejar, isso é fato, nem tanto pelos motivos alegados pelos invasores afinal a maioria das reivindicações já estão formatadas como projetos de lei e estão tramitando no Congresso Nacional, portanto sequer estão na alçada de deliberação do Ministério, muito menos da Funarte!
Mas ao se valer de métodos terroristas de ação o MTC impõem ao movimento um grande retrocesso atropelando uma pauta justa com uma ação descabida. A reivindicação deixa de ser a questão. A questão é que um grupo de artistas que esta longe de representar uma opinião hegemônica na classe artística brasileira, sequer hegemônica na cidade de São Paulo, invadiu um prédio público, desalojou funcionários e artistas que lá trabalhavam, ou seja, em nome da democracia cometem um ato absolutamente ditatorial, sectário, intransigente, completamente fora de propósito e deslocado no tempo. É preciso que essa ação desastrada e infantilóide acabe imediatamente.
A invasão deixa claro duas questões eminentes. Primeiro: temos um ministério sem direção. A indicação da cantora e compositora Ana de Hollanda, que teve minha simpatia num primeiro momento, tem se revelado frustrante. Até agora Ana não conseguiu balbuciar uma palavra que indicasse o rumo que seu ministério vai tomar e não conseguiu manter os níveis orçamentários minimamente dignos para a pasta.
Mostra-se , a cada dia, fraca e sempre refém dos fatos não conseguindo colocar em pauta suas sugestões de ações. Parte disso se deve a própria base de apóio do governo insatisfeita desde o inicio com a sua indicação, o tal "fogo amigo". No entanto, entrando no oitavo mês de mandato, se a ministra não conseguiu contornar a situação, ela mostra que não tem condições de ocupar o cargo. Pequenos comentários na imprensa mostram que o Governo já entendeu isso, e que a substituição da ministra é uma questão de tempo. Que a Presidenta Dilma nos surpreenda positivamente – como em algumas de suas últimas ações! – e que coloque no MinC alguém que esteja acima das disputas partidárias de sua base e que tenha condições e propostas para retomar o caminho de fortalecer o jovem MinC, retomando a gestão positiva do Ministro Gil.
Segundo: mostra que as entidades de classe não estão organizadas para tomar a frente da necessária luta pelos avanços que esperamos no MinC. Existe sim um vazio da liderança política nesse processo que dá margem para esse tipo de ação aventureira.
Nos oito anos de governo Lula as entidades foram alijadas dos processos decisórios sendo substituídas por uma cultura de assembleísmo que minam a representatividade da classe em nome de uma prática pseudo democrática. É urgente que a classe artística organizada de forma representativa e democrática, através de suas entidades, assuma a vanguarda desse processo, organize o movimento, promovendo debates, produzindo documentos, propondo e cobrando dos governantes.
Me chocou também que os integrantes do Colegiado Setorial de Teatro, uma instância consultiva criada a pedido do próprio MinC para discutir as questões ligadas a ele, tenham lançado uma Moção de Apoio a essa invasão. Ao assinar tal manifesto os companheiros mostram que não tem mais o que debater com o MinC. Seria mais digno e impactante que ao invés de ficarem jogando lenha numa fogueira que não vai levar a nada, incentivando ações políticas descabidas e infantilóides, entregassem seus cargos mostrando sua insatisfação com a falta de diálogo e os atuais rumos, ou falta de rumo, do ministério. Isso sim seria uma ação política responsável e forte. Não faz o menor sentido um colegiado de assessoramento e consulta do MinC apoiar uma ação tão equivocada contra o próprio MinC.
Os que estão de fato buscando discutir políticas públicas para a cultura, dentro do regime democrático e principalmente dentro do desenvolvimento da luta pela consolidação de avanços no MinC, devem imediatamente se manifestar contra esse ato unilateral e autoritário para não serem confundidos com um grupo mega minoritário, isolado e equivocado que quer impor suas posições com ações espetaculosas. Ao contrário de ações desse tipo, datadas e descabidas, temos é que encontrar novas formas de exercer a democracia, ampliando seus limites, pois ainda temos muito chão para percorrer.
Fonte: DUDU SANDRONI, diretor e ator de teatro.
Músico não precisa de registro para exercer profissão, decide STF
Por unanimidade, o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta segunda-feira (1º) que o músico não precisa ter registro em entidade de classe para exercer sua profissão.
Os ministros julgaram o caso de um músico de Santa Catarina que foi à Justiça ao alegar que, em seu Estado, ele só poderia atuar profissionalmente se fosse vinculado à Ordem de Músicos do Brasil.
Em diversos locais do Brasil, músicos são obrigados a apresentar documento de músico profissional -- a "carteirinha de músico" -- para poder se apresentar.
A decisão vale apenas para o caso específico, mas ficou decidido que os ministros poderão decidir sozinhos pedidos semelhantes que chegarem ao tribunal. Ou seja, se o registro continuar a ser cobrado, será revertido quando chegar no tribunal.
Para a ministra Ellen Gracie, relatora da ação, o registro em entidades só pode ser exigido quando o exercício da profissão sem controle representa um "risco social", "como no caso de médicos, engenheiros ou advogados", afirmou.
O colega Carlos Ayres Britto disse que não seria possível exigir esse registro pois a música é uma arte. Ricardo Lewandowski, por sua vez, chegou a dizer que seria o mesmo que exigir que os poetas fossem vinculados a uma Ordem Nacional da Poesia para que pudessem escrever.
Já o ministro Gilmar Mendes lembrou da decisão do próprio tribunal que julgou inconstitucional a necessidade de diploma para os jornalistas, por entender que tal exigência feria o princípio da liberdade de expressão.
FELIPE SELIGMAN – Folha de São Paulo.
Cooperativa Cultural Brasileira repudia ato de invasão na Funarte
Prezados Cooperados, parceiros e trabalhadores da Cultura, aconteceu na FUNARTE EM SÃO PAULO uma invasão, antidemocrática, radical e quase ditatorial. Este movimento, que se auto-intitula “Movimento dos trabalhadores da cultura” não é apoiado pela Cooperativa Cultural Brasileira.
Nós cooperativistas não acreditamos na violência, na chantagem ou nas atitudes que desconhecem o diálogo. Isso não pode ser confundido com um ato democrático, pois não é. Democracia não é anarquia, não é violência, não é ameaça. A democracia, acima de tudo, é o diálogo. Diálogo com os entes que governam.
Não podemos mais aceitar que pessoas partidárias e com interesses políticos-partidários usem de assuntos tão importantes para criar movimentos para atender interesses pessoais de um pequeno grupo. Isso é ditadura. Ditadura às avessas, mas ditadura.
A Cultura no Brasil já é a que mais sofre pela carência de investimentos e a que primeiro é prejudicada quando há cortes de verba. Por isso, não se pode admitir que venha a ser prejudicada também por movimentos pueris, cuja bandeira nem sequer atende aos anseios reais e efetivos dos trabalhadores da cultura e da população em geral.
A massa da cultura não foi participada da ação e de seus reais motivos, sabemos que existe no local inclusive uma grande maioria que é de representantes das mulheres do MST. Querem ficar na FUNARTE, tomar um espaço que é público em detrimento de todos os outros que não estão participando deste movimento e ainda querendo criar um coletivo de quem está nesta ação. Onde é que isso é socialismo?
Estão esperando para que alguém perca a paciência e que aconteça uma tragédia para isso virar um “grande motivo”. Será que não temos violência demais neste mundo?
A Cultura precisa de recursos, é inegável. Mas não é só isso. Não podemos admitir movimentos com nítido e exclusivo caráter financeiro, escondidos em pseudos discursos, quiçá quando possam macular os reais interesses e conquistas dos trabalhadores da Cultura.
A Cultura precisa de recursos financeiros, mas não pode se limitar a objetivá-los.
Nos últimos dias 28 e 29 estive com diversos representantes das mais variadas entidades de Cultura deste país e todos foram unânimes em afirmar que desconhecem esse auto-intitulado “Movimento pela Cultura” ou não foram consultados, e nem informados sobre ele. Logo, é fato que foi ele articulado por um pequeno grupo, que não representa os trabalhadores da cultura, como querem fazer parecer e estão usando uma massa de estudantes e movimentos que não são da área para fazer volume.
É importante observar que todos os outros estados já estão trabalhando com os editais da FUNARTE, mas apenas o estado de São Paulo ainda não, o que, acredita-se, deva-se a esse movimento antidemocrático e anticultural.
Por outro lado, não é verdadeira a afirmação de que “não há PROGRAMAS E POLÍTICAS CULTURAIS DO GOVERNO FEDERAL”.
Existem. Porém é preciso que nós estejamos atentos e participativos para que não sejam abandonados. É preciso que trabalhemos no sentido de que sejam implantados em sua totalidade e continuem suas realizações. Claro, depois e sempre, que tenhamos olhos e ouvidos atentos para ajudar na fiscalização de todas estas ações. A Sra Dilma Roussef acabou de assumir e a Ministra Ana de Holanda também, não estou defendendo isto ou aquilo, mas a lógica e o bom senso de quem trabalha com o governo é saber que 6 ou 7 meses é muito pouco para dizer que não estão dando continuidade nos programas.
Temos muitas críticas aos projetos e estratégias culturais implantadas pelo MINC, pelos estados, incluindo o de São Paulo onde temos a atuação maior, e prefeituras. Há sim muitas falhas, mas toda construção é assim. Nosso papel, como trabalhadores da Cultura, é, através do diálogo, sério e pontual, apresentar as falhas e colaborar para construção de um modelo de Cultura que atenda aos anseios dos trabalhadores e de toda a população. Negociar, estabelecer prazos e principalmente fazer isso as claras e com todos os interessados.
Cultura é mais do que angariar recursos para um ou outro projeto pessoal. É mais do que um meio de vida. É mais que uma peça de teatro, um livro, um show, um espetáculo. A Cultura precisa ser vista e pensada como o que é. Cultura é criação e transmissão de conhecimento, é o desenvolvimento e evolução humana, pessoal e social.
É preciso mudar os paradigmas. A ameaça, a chantagem e as atitudes antidemocráticas como essa que ora repudiamos não é “cultural” é “anticultura”. É involução. Somente podemos obter resultados que favoreçam a Cultura brasileira com ações democrática participativas; atuando como entes culturais, que buscam incentivo para a Cultura.
Apenas podemos exigir o que demos condições de oferecer.
O Ministério da Cultura, bem como a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e outros estados, além dos municípios, tem investido e, principalmente, olhado pela Cultura. É um processo lento. Foram muitos anos de abandono. É preciso que todos nós como entes culturais reconheçamos que no processo histórico brasileiro é inegável que nos últimos 10 anos obtivemos grandes avanços nos movimentos culturais e apoio com relevantes investimentos na área.
É preciso mais, é claro. Mas, a evolução somente é possível a partir do momento em que se conhece o passado e se crie uma meta futura.
Afirmações inverídicas que se limitam a negar a realidade não ajudarão no processo da evolução da Cultura no Brasil.
No ano de 2010 tivemos, por exemplo, a votação da PEC 150 que vincula um orçamento para municípios, estados e governo, mas, estranhamente, não vimos nenhum movimento como esse que se formou para invadir a FUNARTE. Por que? Ali, naquele momento, era a hora e o local certos para que se buscasse e evolução da Cultura através de uma mudança legislativa.
Por que não há um movimento para que leis de incentivo sejam alteradas de modo evitar que se limitem a serem destinadas sempre ao mesmo e restrito grupo, como, por exemplo, se verifica em São Paulo, com a Lei de fomento ao Teatro?
Também não podemos mais aceitar que usem do tema: “Cooperativa” ou “Cooperativismo” para fazer política partidária e sem fundamento, pois, inclusive, uma das regras do cooperativismo legítimo é que as cooperativas não se posicionem partidariamente, mas apenas atuem suprapartidariamente para discutir assuntos relativos àquela classe de trabalhadores cooperados.
A cultura e o cooperativismo podem ajudar e muito a mudarmos a Cultura no Brasil. Todos podem ajudar nestas ações que objetivam fomentar a Cultura no Brasil, mas, somente faremos isso com paz, diálogo e cultura.
Estamos em 2011; não é crível que ainda se acredite que movimentos ditatoriais, agressivos, ameaçadores, articulados por interesses de um pequeno grupo, valendo-se das fraquezas e necessidades do trabalhador, possam gerar ações positivas. A única coisa que esse movimento conseguiu até agora, como não poderia deixar de ser, foi prejudicar os trabalhadores da cultura com o adiamento os dos editais que já estão sendo trabalhados em outros estados.
Peço que todos os que querem realmente alguma mudança da Cultura nesse país não cedam a mais um movimento que não representa de fato os trabalhadores da cultura, pelo menos não a maioria, usem suas redes sociais, Twitter e Facebook principalmente, para repudiar este e tantos movimentos que não defendem os reais interesses da Cultura e que no seu centro presenciamos interesses pessoais.
Vamos lutar de verdade e com transparência pela evolução e organização da Cultura. Chega de lutar só por distribuição de dinheiro senão seremos eternos pedintes e é assim que nos tratarão.
Atenciosamente,
Marília de Lima
Presidente – Cooperativa Cultural Brasileira
Democracia significa: “diálogo do povo com o governo”. Quanto um movimento q se diz “democrático” levanta e diz “não queremos dialogar com o governo” tá dizendo “não queremos democracia”.
Precisamos conhecer nossas palavras, ações, intenções, reações e resultados... assim, pensando antes de agir, seremos felizes.
"Felicidade é quando o que você pensa, o que você diz e o que você faz estão em harmonia"(Ghandi)
Presidente da Cooperativa Cultural Brasileira, Marília de Lima, em entrevista sobre o Ballet Nacional de Cuba para a Globo News
O balé traz a coreografia que conta uma lenda guarani, onde as Cataratas do Iguaçu teriam surgido com as lágrimas de uma índia apaixonada por um guerreiro.
Mais informações em: http://alendadaaguagrande.com.br/
Entidades culturais promovem debate com secretário da Cultura de São Paulo
A Lenda da Água Grande
A turnê do Ballet Nacional de Cuba na imprensa
A turnê brasileira do Ballet Nacional de Cuba, uma realização e produção da Cooperativa Cultural Brasileira, é destaque na imprensa. Veja às notícias nos endereços abaixo:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/929451-bale-nacional-de-cuba-apresentara-peca-sobre-cataratas-do-iguacu.shtml
http://m.estadao.com.br/noticias/arteelazer,bale-nacional-de-cuba-traz-ao-brasil-peca-sobre-as-cataratas-do-iguacu,732130.htm
http://entretenimento.uol.com.br/ultnot/efe/2011/06/13/bale-nacional-de-cuba-apresentara-no-brasil-peca-sobre-cataratas-do-iguacu.jhtm
http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=29101152
http://www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/fdg/201106151358403266/201106151358403266.html
http://www.candango.com.br/newcandango/espetaculo/Materias/Ballet_Nacional_de_Cuba.html
http://jornalcorreiodasemana.com.br/site/?p=17969
http://noticias.bol.uol.com.br/entretenimento/2011/06/13/bale-nacional-de-cuba-apresentara-peca-sobre-cataratas-do-iguacu.jhtm
Santo Antônio, o Casamenteiro
Primeiramente foi frade agostiniano, tendo ingressado como noviço (1210) no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, tendo posteriormente ido para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde fez seus estudos de Direito. Tornou-se franciscano em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e na França. No ano de 1221 passou a fazer parte do Capítulo Geral da Ordem de Assis, a convite do próprio Francisco, o fundador. Foi professor de Teologia e grande pregador. Foi convidado por São Francisco para pregar contra os Albigenses em França. Foi transferido depois para Bolonha e de seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos.
Santo António de Lisboa é considerado por muitos católicos um grande taumaturgo, sendo-lhe atribuído um notável número de milagres, desde os primeiros tempos após a sua morte até aos dias de hoje.
Protetor dos noivos, é tradição em Lisboa realizar-se um casamento coletivo, no dia 13 de Junho, na sua igreja, junto à Sé de Lisboa.
Brasil
No Brasil, onde o santo tem muitos devotos, é também frequentemente reverenciado como Santo Antônio, o Casamenteiro. O arraial de Santo Antônio do Leite, no Estado de Minas Gerais, Brasil, tem em sua igreja uma imagem de Santo António de Lisboa, trazida de Portugal em finais do século XVII.
Em Barbalha, no interior do Ceará, o mês de junho é dedicado ao santo, que é padroeiro da cidade. Destaca-se o Pau da Bandeira, cerimônia onde os devotos cortam uma árvore de grande porte e a utilizam como mastro com uma bandeira de Santo Antônio. A festividade reúne milhares de pessoas.
No sincretismo religioso, Santo Antônio é conhecido no Candomblé da Bahia como Ogum, o orixá da guerra.
O Santo é também padroeiro da cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e de Patos de Minas e Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, onde seu dia é feriado municipal.
Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, com uma vasta programação, a festa para o Santo padroeiro é celebrada com missa diária, pastelada, barracas com comidas típicas, quadrilha, noites temáticas, e shows. A festa é tradicional e tem como principal atrativo o bolo de metro com várias alianças, que é repartido e distribuído sempre no dia 13. O pedaço do bolo é bem requisitado pelas mulheres solteiras que sonham com um casamento próximo. Diz à tradição que aquela que achar uma aliança no pedaço de bolo é a grande sortuda a subir ao altar com um noivo.
A cidade de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, também tem como padroeiro o Santo, onde a Paróquia de Santo Antônio realiza todos os anos a trezena e no dia 13 a missa e bênção do pão.
Em Borba, no interior do Amazonas, a Festa de Santo António é comemorada no período de 1 a 13 de junho e, em 2009, comemoraram-se 253 anos de amor e fé. Romeiros de vários estados e até do exterior marcam presença nos festejos todos os anos para pedirem ou agradecerem pelas graças recebidas. O município possui a Basílica de Santo António de Borba, que é a 1ª da América Latina e a 5ª do Mundo a possuir relíquias de Santo António.
No Piauí, a maior festa religiosa da região, reverenciada ao Santo, acontece em Campo Maior.
Na Paraíba, no municipio de Fagundes, há mais de um século a conhecida Pedra de Santo Antônio é visitada por turistas e romeiros de todo o Brasil, no dia 13 de Junho, que é feriado no município.
Em Santa Catarina, no município de Sombrio, são celebradas as Trezenas durante treze dias antes do sábado que antecede a festa, com benção dos pães de Santo Antonio e feriado municipal no dia 13 de Junho. A cidade é uma das poucas no Brasil a possuir uma relíquia do santo, trazida de Pádua (Itália) por uma comitiva que incluiu festeiros de 2011, o prefeito municipal e o pároco.
Fonte: Wikipedia
João Gilberto 80, o mito e sua revolução discreta
Afinal, ela o acompanha desde julho de 1958, quando ele gravou um 78 rpm (disco simples, de cera, com uma faixa de cada lado), contendo, num dos lados, um samba de Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, "Chega de Saudade". Sua interpretação à voz e ao violão dividiu a música brasileira em antes e depois e fundou um gênero, a bossa nova.
O disco não atingiu apenas os músicos, mais equipados para entender as diversas revoluções que ele propunha -harmônicas, rítmicas, instrumentais, vocais.
Ao ser tocado no rádio, virou também a cabeça de jovens brasileiros de toda parte, para os quais, se alguém tão "diferente" como João Gilberto existia, eles podiam enfrentar a família e seguir suas vocações, não importava em que área.
Aos 27 anos recém-feitos, João Gilberto era tudo de novo naquele momento. E nem por isso se tornou o artista mais popular do Brasil.
O público comprou seu disco, mas o cantor não foi para a capa da revista "Radiolândia", para o auditório da Rádio Nacional ou para as chanchadas da Atlântida, que eram então os termômetros da popularidade. Continuou obscuro, escondido num apartamento de Copacabana, depois Ipanema, ignorado até pelos vizinhos. Nem seus melhores amigos podiam se dizer seus íntimos.
Sua voz e seu violão se estabeleceram, geraram outro 78 rpm (este contendo o ainda mais radical "Desafinado", de Jobim e Newton Mendonça) e ampliaram-se num LP -também intitulado "Chega de Saudade"-, que foi saudado ao sair, em 1959, como os 12 mandamentos da bossa nova. Mas nem a foto do cantor na capa (com o rosto sintomaticamente escondido pelo punho no queixo) o tornou uma figurinha fácil.
O que aconteceu depois -a gravação de novos discos, sua silenciosa partida para os EUA em 1962, a gravação de ainda outros discos e sua volta ao país, mais de 20 anos depois, tão silenciosa quanto a ida- foi apenas consequência.
O que importa é que, desde aquele remoto "Chega de Saudade" em 1958, não deve ter se passado um minuto sem que alguém -primeiro, no Brasil; depois, no mundo- tentasse reproduzir a batida mágica do violão, sintetizada por ele, e pela qual se identificou a bossa nova. E até hoje é assim.
Neste momento, em algum lugar, há alguém de violão em punho, diante de um microfone, beneficiando-se do universo sonoro de João Gilberto -de segunda ou terceira mão, não importa, e talvez sem sequer saber que existe ou existiu um João Gilberto. Se o fato de a criação viver à revelia do criador for uma medida da imortalidade, João Gilberto já é imortal.
Nas raras vezes em que se apresenta num palco, ele quer ser incorpóreo. O terno marrom da Brooks Brothers, a camisa azul-celeste da YSL, a gravata e os sapatos italianos têm a função de torná-lo invisível. Só o violão e a voz devem existir.
Assim como as paredes de seu apartamento no Leblon, do qual quase nunca sai, existem para blindá-lo do mundo.
O mundo não existe. Só existe a música. E mesmo esta é para ser cantada cada vez mais baixinho, num sopro, num sussurro, quase que só em pensamento -única forma, para João Gilberto, de vencer a cacofonia que o mundo insiste em produzir.
Fonte: RUY CASTRO - Folha de SP
Ballet Nacional de Cuba inicia turnê brasileira em julho com montagem inédita e ingressos populares e gratuitos
Arte do Irã vive um boom em meio à crise econômica
Trabalhos de pintores iranianos são vendidos por preços bastante altos, não só fora do Irã mas também no interior do Estado islâmico, onde muitos enfrentam dificuldades econômicas.
Muitos iranianos estão receosos sobre o futuro, preocupados com a alta dos preços dos alimentos e aluguéis. Apesar de tudo isso, continua a existir uma demanda aparentemente insaciável por obras de arte iranianas, independentemente das diferenças de estilos, meios e preços. Há mais de uma dúzia de grandes galerias de pinturas em Teerã.
Trabalhando em um escritório moderno, o analista de arte iraniano Alireza Sami Azar diz que a mudança nas atitudes em relação à arte contribuiu muito para o atual boom do mercado, que ele prevê que continue a crescer.
"Essa tendência de crescimento data de 2006, quando grandes casas de leilões, como a Christie's, vieram para a região", disse Azar. A rival Sotheby's incrementou sua presença na região do Golfo.
Donos de galerias dizem que as sanções internacionais não têm impacto negativo sobre o mercado de arte. Iranianos ricos estão tendo mais dificuldade em investir no exterior, devido às sanções; esse fato e a estagnação dos preços no mercado imobiliário tornaram os imóveis uma opção de investimento menos atraente. Os preços recordes do petróleo também ajudam a aumentar o poder de compra na maior região exportadora de petróleo do mundo.
"O jovem artista iraniano contemporâneo Farhad Moshiri foi o primeiro do Oriente Médio a ter um trabalho seu arrematado por mais de US$ 1 milhão na Christie's", disse Azar, acrescentando que, depois, Parviz Tanavoli vendeu sua escultura "Persépolis" pelo valor recorde de US$ 2,8 milhões.
Dona da Galeria Silk Road, em Teerã, Anahita Ghabaian disse que a arte do país agrada em todo o mundo.
Fonte: RAMIN MOSTAFAVI - DA REUTERS, EM TEERÃ
Mestres do acordeom se encontram em São Paulo
Não importa referir-se a este instrumento de origem alemã como acordeom, acordeão, sanfona ou gaita.
O importante é não perder a oportunidade de escutá-lo de hoje a domingo, no Sesc Pinheiros, por meio de alguns de seus maiores mestres. Todos acompanhados por excelentes músicos, entre eles o guitarrista Heraldo do Monte, 76, destaque da segunda noite.
Quem abre o evento -e participa em todas as apresentações como convidado de honra- é o pernambucano Dominguinhos, que sobe ao palco para interpretar clássicos como
"Lamento Sertanejo", dele e de Gilberto Gil, entre outras.
Instrumentista desde a mais tenra idade, o músico revela que irá "tocar sentado pra poder tocar mais".
A causa disso, segundo o compositor, é o peso do instrumento, cerca de 13 kg, que há muito vem prejudicando sua coluna. Indagado sobre o que faz um homem tornar-se um grande músico como ele, disse à Folha: "Não acho que eu seja um grande músico.
Sou apenas um tocador de sanfona".
O conjunto de shows abarca várias regionalidades sonoras. Oswaldinho, 57, fluminense, tocará "Um Tom para Jobim", baião sambado, dele e de Sivuca (1930-2006).
Luciano Maia, 30, gaúcho, apresenta o vanerão -ritmo típico do sul do país- "De Véio pra Véio", dele e de Luiz Carlos Borges. Bebê Kramer, 33, também gaúcho, é considerado o sangue novo do acordeom, além de um tremendo improvisador.
Sua execução de "Libertango", de Astor Piazzola (1921-1992), é a prova disso.
Toninho Ferragutti, 52, paulista, traz uma sonoridade mais urbana com seu choro "Helicóptero".
ENCONTRO DE ACORDEONS
QUANDO hoje e amanhã, às 21h; domingo, às 18h
ONDE Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195, tel. 0/xx/11/3095-9400)
QUANTO de R$ 8 a R$ 32
CLASSIFICAÇÃO 10 anos
Fonte: CARLOS BOZZO JUNIOR – Folha de São Paulo
Documentário vai contar vida de Dominguinhos
Dominguinhos, me esclareça uma dúvida: foi [Luiz] Gonzaga quem lhe botou esse seu nome, não foi?"
"Foi Gonzaga, Hermeto. Numa gravação. Ele me disse que esse nome que mãe dá pra filho não serve quando a gente vira artista."
"E qual era o nome que sua mãe lhe deu?"
"Era Neném, Hermeto."
"Rapaz, isso não serve mesmo pra artista não..."
O diálogo entre os músicos Dominguinhos e Hermeto Pascoal aconteceu domingo passado, na cozinha de um estúdio em São Paulo.
Na sequência, ambos seguiriam para seus instrumentos e fariam uma série de duetos -todos de improviso, como é do gosto dos dois.
Tanto a conversa da cozinha quanto os números musicais foram gravados em som e imagem e farão parte do documentário "Dominguinhos, Volta e Meia", dirigido por Felipe Briso, que já toma dois anos de trabalho e deve ser lançado em 2012.
O projeto é ideia da cantora Mariana Aydar, com a colaboração -e a direção musical- dos instrumentistas Duani e Eduardo Nazarian.
Pretende dar um panorama da história de Dominguinhos, mestre da sanfona, pernambucano de Garanhuns, retratando seu dia a dia entre o aniversário de 70 anos, neste ano, e o de 71, em fevereiro do ano que vem.
"Filmamos situações de todo o tipo", diz Briso. "Desde um encontro importante com a Jazz Sinfônica, até um dia comum, em que nada acontece. E ensaios, gravações.
Também estivemos em momentos bem pessoais, como o aniversário da filha."
ENCONTROS
Além de Hermeto, já gravaram duetos com Dominguinhos os músicos João Donato e Lenine. Gilberto Gil já agendou sua participação.
Briso conta que usará um quase nada de imagens de arquivo. A intenção é que o passado do músico seja contado por meio desses encontros musicais e conversas.
"Hermeto diz respeito à primeira fase, à infância, a ser autodidata, a essa música universal", diz. "Um não conhecia o outro quando moleques, mas eles têm background muito parecido e essas vidas dialogam."
Donato, conta o diretor, vai espelhar a "fase do Beco das Garrafas" de Dominguinhos, quando ele tinha que tocar todos os gêneros, em bares, para ganhar a vida.
Gil representa o momento em que a música nordestina é resgatada pelo mainstream e o sanfoneiro ganha fama nacional, passa a acompanhar Gal Costa e começa a gravar seus trabalhos autorais mais importantes.
"Lenine é fase posterior, da fusão, das pontes internacionais, do Brasil vendendo música para o mundo", diz. Dominguinhos, que acaba de concluir o tratamento de câncer no pulmão, chega bem disposto às gravações.
er a vida revista no filme o faz mais forte, ele diz.
Lembra que chegou ao Rio com o pai, aos 13, atrás de trabalho. Foram logo a
Nilópolis, à procura de Gonzagão, que o havia visto tocar ainda em Garanhuns e prometeu ajuda quando precisasse.
"A gente não tinha sanfona e a esperança do meu pai era que ele nos desse uma", diz. "Não deu outra.
Em cinco minutos meu pai estava com uma sanfona de 50 baixos na mão. Posso me considerar um sujeito de sorte."
Fonte: MARCUS PRETO – Folha de São Paulo
"São tempos inclassificáveis", afirma o crítico Fredric Jameson
Sugeriu que vivemos em tempos inclassificáveis, em que conceitos não podem ser aplicados a grupos, mas a eventos específicos.
Exemplificou: "A cozinha molecular de [chef catalão] Ferran Adrià não é feita de objetos naturais. O aspargo foi retirado de sua forma original e reencarnado em outra. Não se pode classificá-lo." Em seguida, comparou: "A ideia se aplica na economia. É impossível teorizar o mercado de derivativos."
Sobre arte, reclamou de jovens que preferem se inspirar em ideias do filósofo Jean Baudrillard, do que em traços do pintor Pablo Picasso.
"Arte não é mais um objeto, é um evento", disse.
Fonte: Folha de São Paulo.
Para Bernard Stiegler, "é preciso parar de consumir arte"
Repensar as formas de produção e difusão de arte a partir das novas ferramentas tecnológicas e processos industriais é uma das preocupações centrais do filósofo francês Bernard Stiegler, 59.
Diretor do IRI (Instituto de Pesquisa e Inovação) do Centre Pompidou, Stiegler veio a São Paulo por menos de 24 horas, para uma conferência no Sesc Pinheiros.
Encontrou tempo, porém, para falar à Folha sobre como a proliferação de câmeras de vídeo, softwares de edição e difusão está restabelecendo uma relação de proximidade com o fazer artístico.
"Béla Bartók dizia que para bem ouvir música no rádio era necessário ler a partitura ao mesmo tempo. Hoje, soa como maluquice, mas em 1930 todo mundo sabia ler música. Aos poucos nos tornamos consumidores passivos de arte."
Segundo ele, é preciso voltar a estabelecer uma postura ativa para com a arte, uma relação "amorosa" no sentido forte da palavra.
"Penso que uma política cultural hoje em dia tem que ser antes de tudo uma política desse renascimento."
Professor do Goldsmiths College, em Londres, Stiegler oferece paralelamente um curso livre para os moradores do pequeno vilarejo de Epineuil-le-Fleuriel. As aulas são acompanhadas por 80 pessoas ao vivo e cerca de 10 mil pela internet.
"Uma pesquisa diz que 56% dos franceses detestam a TV que assistem.
Então por que assistem? Porque não podem ficar sem. É um discurso de viciado. O consumismo destruiu as estruturas, a começar pela estrutura social. Consumimos porque não somos capazes de outra coisa. Precisamos refletir sobre a desintoxicação."
Enfaticamente, o filósofo criticou a lei de direito autoral em vigor na França.
"A França criou um órgão chamado Hadopi, que tem autoridade para incriminar os internautas que baixam conteúdo. Para mim é um modo de continuar a manter o privilégio das indústrias culturais do século 20 contra o novo modelo contributivo do século 21. Espero que no Brasil a ministra da Cultura não repita esse erro."
Stiegler começou a estudar filosofia durante os cinco anos que passou na prisão, nos anos 80, preso por um assalto. "A prisão é um laboratório filosófico. O mundo está suprimido, você só tem a memória dele. Tudo o que eu faço hoje em dia vem desse período, dessa situação filosófica radical."
Fonte: GABRIELA LONGMAN
Morreu, aos 97 anos, o diretor teatral, senador e escritor negro, Abdias do Nascimento
O ativista Abdias do Nascimento, símbolo do combate à discriminação racial no Brasil, morreu na noite de anteontem aos 97 anos, no Rio de Janeiro.
Escritor, jornalista e ex-parlamentar, ele estava internado desde abril por causa de uma pneumonia que agravou problemas cardíacos e renais crônicos e não resistiu às complicações da doença.
Em nota, a presidente Dilma Rousseff lamentou a morte de Nascimento, afirmando que o Brasil "perdeu um de seus maiores líderes no combate à discriminação racial".
Nascido na cidade de Franca (SP), em 1914, Abdias Nascimento se mudou para o Rio em 1936 e iniciou naquela década sua militância no movimento negro.
Chegou a ser preso em duas ocasiões por protestar contra a discriminação e a ditadura do Estado Novo (1937-45) e exilou-se nos Estados Unidos por 13 anos durante o regime militar.
Já de volta ao Brasil, em 1981, foi um dos fundadores do PDT. Sempre como suplente, foi deputado federal entre 1983 e 1986, e duas vezes senador na década de 90.
Como parlamentar, foi um dos primeiros a apresentar projetos de ações afirmativas para negros, como o que previa a criação de uma cota de 20% para mulheres negras e de 20% para homens negros na seleção de candidatos ao serviço público.
Seu corpo será velado na Câmara Municipal do Rio amanhã, a partir das 18h, e cremado na sexta-feira.
Fonte: ANTÔNIO GOIS / RODRIGO RÖTZSCH/ Folha de São Paulo