Arte do Irã vive um boom em meio à crise econômica

Postado em 8 de junho de 2011 por Cooperativa Cultural Brasileira

Um novo capítulo foi aberto para artistas iranianos que desfrutam um boom de vendas e interesse por parte das grandes casas internacionais de leilões, como a Christie's, a despeito do mal-estar econômico global e das sanções contra o Irã.

Trabalhos de pintores iranianos são vendidos por preços bastante altos, não só fora do Irã mas também no interior do Estado islâmico, onde muitos enfrentam dificuldades econômicas.

Muitos iranianos estão receosos sobre o futuro, preocupados com a alta dos preços dos alimentos e aluguéis. Apesar de tudo isso, continua a existir uma demanda aparentemente insaciável por obras de arte iranianas, independentemente das diferenças de estilos, meios e preços. Há mais de uma dúzia de grandes galerias de pinturas em Teerã.

Trabalhando em um escritório moderno, o analista de arte iraniano Alireza Sami Azar diz que a mudança nas atitudes em relação à arte contribuiu muito para o atual boom do mercado, que ele prevê que continue a crescer.

"Essa tendência de crescimento data de 2006, quando grandes casas de leilões, como a Christie's, vieram para a região", disse Azar. A rival Sotheby's incrementou sua presença na região do Golfo.

Donos de galerias dizem que as sanções internacionais não têm impacto negativo sobre o mercado de arte. Iranianos ricos estão tendo mais dificuldade em investir no exterior, devido às sanções; esse fato e a estagnação dos preços no mercado imobiliário tornaram os imóveis uma opção de investimento menos atraente. Os preços recordes do petróleo também ajudam a aumentar o poder de compra na maior região exportadora de petróleo do mundo.

"O jovem artista iraniano contemporâneo Farhad Moshiri foi o primeiro do Oriente Médio a ter um trabalho seu arrematado por mais de US$ 1 milhão na Christie's", disse Azar, acrescentando que, depois, Parviz Tanavoli vendeu sua escultura "Persépolis" pelo valor recorde de US$ 2,8 milhões.

Dona da Galeria Silk Road, em Teerã, Anahita Ghabaian disse que a arte do país agrada em todo o mundo.

Fonte: RAMIN MOSTAFAVI - DA REUTERS, EM TEERÃ

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