Conferência Livre de Cultura define propostas que melhoram as condições de trabalho dos profissionais da cultura

Postado em 18 de dezembro de 2009 por Cooperativa Cultural Brasileira



Por Giorgio Rocha

As resoluções para os eixos escolhidos através da votação dos participantes da Conferência seguem agora para fazer parte das diretrizes da Conferência Nacional de Cultura

A Conferência Livre de Cultura - I Encontro dos Profissionais da Cultura realizada pela Cooperativa Cultural Brasileira, em 11 de dezembro, no Memorial da América Latina, reuniu diversos profissionais do setor cultural com representantes do Ministério da Cultura e entidades ligadas ao ramo para debater e elaborar propostas de mudanças que melhorem as condições de trabalho dos profissionais da cultura.

A abertura do encontro coube a Marília de Lima, presidente da Cooperativa Cultural Brasileira, que enfatizou que a discussão dos eixos propostos pelo Ministério da Cultura - Produção Simbólica e Diversidade Cultural, Cultura, Cidade e Cidadania, Cultura e Desenvolvimento Sustentável, Cultura e Economia Criativa - Gestão e Institucionalidade da Cultura – focassem os profissionais da cultura. Antes de chamar os participantes da mesa de abertura, pediu um debate amplo em torno das mudanças para o setor, que não se limitasse ao repasse de verbas para um determinado segmento. Ao fim, dirigiu a palavra aos cooperados: “a cooperativa é um instrumento para a formalização do trabalho dos artistas, é a solução para diversos problemas que atingem os profissionais da cultura, mas só alcançaremos nossos objetivos com a união e a maior participação de todos”.

Após o pronunciamento convidou: o jornalista e pesquisador do Ministério da Cultura de Angola, Francisco Pedro, o produtor cultural, da Rede Mercosul de Produtores, Roberto Malta, a presidente do CBAC (Conselho Brasileiro de Entidades de Arte e Cultura), Eneida Soller, a presidente do SATED de São Paulo (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo), Ligia de Paula, o representante do Ministério da Cultura, Mauricio Dantas e Mario Henrique de Oliveira, representante do SINDMUSSP (Sindicato dos Músicos Profissionais de São Paulo), para a formação da mesa de abertura.

O produtor cultural Roberto Malta pediu a palavra e ressaltou a importância da Conferência: “Hoje temos uma excelente oportunidade de debatermos com diversos profissionais um tema especifico para cultura, como a ampliação do mercado de trabalho para o artista brasileiro”.

O jornalista Francisco Pedro disse que o objetivo da sua participação era aprender e também levar soluções que possam ser implementadas na cultura em Angola. O jornalista angolano afirmou que o cooperativismo é uma ferramenta para ajudar a solucionar os problemas da cultura do seu país: “em Angola existem associações especificas das artes plásticas, da musica, do teatro, da dança, mas estas associações não dão à resposta prática às necessidades dos artistas, pois eles precisam de uma instituição privada dinâmica que dê repostas as suas necessidades, como uma cooperativa”.


Para Mauricio Dantas, coordenador geral de acompanhamento das políticas de cultura do Ministério da Cultura, a política pública de cultura no passado não apontava para o futuro. “O governo com a realização da Conferência Nacional de Cultura passa a estabelecer os deveres do Estado com o profissional da cultura com um planejamento de gestão a médio e longo prazo, e esta Conferência Livre é importante para apontar as diretrizes para os profissionais do setor, pois as decisões de hoje serão levadas ao Ministério da Cultura”.

Depois das palavras dos participantes da mesa de abertura teve inicio o ciclo de palestras sobre os eixos.

Com a palestra Produção Simbólica e Diversidade Cultural, o representante regional do Ministério da Cultura em São Paulo, Henry Durante, responsável por coordenar e acompanhar todo o processo de conferências realizadas na capital e no interior de São Paulo, falou sobre o papel do Estado para a preservação da diversidade cultural. Durante usou o termo cooperação ao dizer que governo, sociedade e organizações devem trabalhar unidos para inclusão dos excluídos das decisões sobre a cultura do país, como por exemplo, índios, negros e moradores da periferia.

A palestra Cultura, Cidade e Cidadania, ministrada pela produtora cultural Vera Nunes, enfocou a questão da formação profissional do produtor cultural.

Hamilton Faria, do Instituto Polis, através da palestra Gestão e Institucionalidade da Cultura, fez um apanhado das discussões realizadas para a elaboração de políticas culturais, e elogiou a proliferação de fóruns culturais, que ajudaram a ampliar o conceito de cultura.

Dennis de Oliveira, do Centro de Estudos Latino-Americanos sobre Cultura e Comunicação (CELACC), fechou o ciclo de palestras com o tema Cultura e Economia Criativa, e ponderou sobre o potencial da economia criativa no mundo globalizado e no Brasil.

Logo após as palestras, foi composta a mesa de trabalho para definir as propostas destinadas ao Ministério da Cultura. A mesa foi formada por: Solange Borelli, representante da Cooperativa de Dança, Rose Meusburger, diretora executiva da Gaia Eventos Culturais, Roberto Malta, representante da Rede Mercosul de Produtores, Sergio Rodrigo, representante do Centro Cultural Popular – A Arte de Fazer, Ubiratã Kuripaku Tupinambá, representante do Projeto grande ABC índios brasileiros, Heitor Gaudenci, assessor do deputado Vicente Candido, Paulo Santana, presidente do SIMPROIND (Sindicato dos Músicos Profissionais Independentes da Cidade de São Paulo e Grande São Paulo) e Alexandre Melinsky, diretor do Departamento de Cultura de Araçatuba.

De 32 propostas, 10 foram selecionadas após votação dos participantes. As diretrizes que serão apreciadas pelo Ministério da Cultura e integrarão a Conferência Nacional de Cultura podem ser vistas no blog da Conferência Livre de Cultura - I Encontro dos Profissionais da Cultura: http://culturadigital.br/coopcultural/.

Entrevista com Kid Vinil

Postado em 17 de dezembro de 2009 por Cooperativa Cultural Brasileira




Por Demétrius Carvalho


Beatles, Madonna ou Michael Jackson definitivamente são "seres de grandiosidade" de um tempo onde as gravações eram possíveis apenas pelas mãos de grandes gravadoras. Nesses tempos, elas pinçavam as bandas e as produziam. Se por um lado a tecnologia tornou viável a viabilização do registro de diversas bandas e a internet tem o poder de rapidamente dissipar esses trabalhos, caímos em um outro problema. Se na década de 60 você gostasse de um determinado estilo, tinha uma gama de 5 ou 6 artistas para escolher o seu preferido. Hoje você tem milhares e esses milhares de artistas tornam-se então uma agulha no palheiro. Destacar-se hoje é uma tarefa deveras complicada se você quer vender apenas a sua arte. A grandiosa maioria dos trabalhos que "estouram" apelam para um humor popularesco ou mesmo com uma eroticidade aflorada.

Kid Vinil deu-nos sua impressão de festivais que acontecem no Brasil como o Cena Musical Independente que aconteceu nos últimos dias 5 e 6 de dezembro.

Demétrius Carvalho: Qual a importância de festivais como esse?
Kid Vinil: Já viagei o Brasil inteiro,festivais como Demo Sul, Goiânia noise, Vaca Amarela, Bananada e São Paulo não possui essa tradição. Nesses outros locais, os festivais acontecem sempre na mesma época, a galera prestigia, existem apoios e você conhece muita coisa boa. O Cena Musical Independente tem abrido o leque para São Paulo que deveria ter mais festivais pela quantidade de bandas e poucos espaços para tocar.


Veja o restante desta entrevista bacana com o músico Kid Vinil e outras matérias bem legais sobre shows, música independente, festivais e muito mais no blog do Demétrius Carvalho. Para conhecer o blog clique aqui.

Rave Cultural 2009 – Lançamento do livro “O que é poesia?”

Postado em 8 de dezembro de 2009 por Cooperativa Cultural Brasileira



Por Giorgio Rocha:

O lançamento do livro “O que é poesia?”, organizado pelo poeta Edson Cruz, foi uma das atrações da Rave Cultural 2009, evento apoiado pela Cooperativa Cultural Brasileira, que ocorreu entre os dias 5 e 6 de dezembro na Casa das Rosas em São Paulo.

A obra traça um panorama da poesia brasileira contemporânea a partir da resposta de poetas como: Affonso Romano de Santanna, Nicolas Berh, Ricardo Silvestrin, Frederico Barbosa e Carlito Azevedo, entre outros, sobre o significado da poesia. Após o lançamento, os poetas convidados participaram de um recital.

Veja no link abaixo as fotos do evento:

Clique aqui

Evento: Lançamento do livro “O que é poesia?”

Data: 05/12/2009

Local: Casa das Rosas – Avenida Paulista – São Paulo/SP

OMB não pode mais fiscalizar músicos em SP

Postado em 3 de dezembro de 2009 por Cooperativa Cultural Brasileira

Do blogvitrine/territorio terra

O deputado Carlos Giannazi, Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa dos Músicos e Compositores do Estado de São Paulo, anunciou nesta semana a decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que proíbe a Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) de fiscalizar os músicos bem como exigir a inscrição na entidade.

O Acórdão garante aos músicos do estado de São Paulo o direito de exercício da profissão, sem necessidade de prova, inscrição na OMB e sujeição ao regime disciplinar específico. O Acórdão destaca, entre outros pontos, que "a Lei nº 3.857/60 não exige o registro na OMB de todo e qualquer músico para o exercício da profissão, mas apenas dos que estão sujeitos à formação acadêmica sob controle e fiscalização do Ministério da Educação".

“De agora em diante os músicos do estado de São Paulo não podem mais ser fiscalizados pela OMB e nem tampouco ter a obrigatoriedade da inscrição na mesma”, disse Giannazi em seu pronunciamento na Assembléia Legislativa de São Paulo.

Giannazi fez também uma representação no Ministério Público Federal pedindo a suspensão de vários artigos da Lei 3857/60 - que criou a Ordem dos Músicos do Brasil. Depois de julgada pelo Supremo, a ação pode passar a valer em todo o território nacional, desobrigando músicos da inscrição na entidade.

O Acórdão está disponível no site do Tribunal Regional Federal (www.trf3.jus.br). Para quem quiser consultar na íntegra, o número do processo é 2005.61.15.001047-2.

Cooperativa Cultural Brasileira realiza em dezembro Conferência Livre de Cultura

Postado em 1 de dezembro de 2009 por Cooperativa Cultural Brasileira

A Cooperativa Cultural Brasileira, maior cooperativa de cultura do país, realiza, dia 11 de dezembro, a Conferência Livre de Cultura – I Encontro dos Profissionais da Cultura. Esta iniciativa vem para ampliar e fortalecer o debate em torno das propostas de mudanças para o setor.

A Conferência tem os objetivos: de promover a discussão dos cinco eixos temáticos indicados para a Conferência Nacional de Cultura (Produção Simbólica e Diversidade Cultural - Cultura, Cidade e Cidadania - Cultura e Desenvolvimento Sustentável - Cultura e Economia Criativa - Gestão e Institucionalidade da Cultura), e, a elaboração de propostas que fomentem o desenvolvimento, profissionalização, organização e regulamentação dos mais variados profissionais da área da cultura.

Representantes da Secretária de Cultura do Estado de São Paulo, do Ministério da Cultura, e entidades ligadas a cultura irão participar do evento organizado pela Cooperativa Cultural Brasileira.

As inscrições estão abertas para interessados no tema e para o público em geral.

Inscrições e informações no blog da Conferência: clique aqui.