Entrevista com a cooperada Elke Maravilha
Postado em 29 de novembro de 2010
por Cooperativa Cultural Brasileira
Por Giorgio Rocha
Elke Maravilha é uma artista que dispensa apresentações. Seja como atriz, intérprete musical, apresentadora ou modelo, sua personalidade artística rompe barreiras e causa impacto por onde passa ao unir ousadia, alegria, inteligência e irreverência. Na entrevista abaixo, Elke fala sobre momentos da sua carreira no cinema brasileiro.
Elke, você atuou em filmes brasileiros marcantes como Pixote, a Lei do Mais Fraco, do cineasta Hector Babenco e Xica da Silva, do diretor Cacá Diegues. Agrada a você a produção cinematográfica brasileira atual?
Elke: Além do Pixote e Xica da Silva, participei também do filme A Noiva da Cidade - com o roteiro do Humberto Mauro, um filme muito marcante do nosso cinema. Me agrada muito a produção atual, especialmente, filmes como Zuzu Angel e Salve Geral, do Sergio Rezende, e também Cidade de Deus, do Fernando Meireles. O brasileiro sabe fazer cinema muito bem. Os filmes americanos são puro entretenimento, os do Brasil têm mais arte.
Com a participação no filme “Xica da Silva” é possível perceber sua forte ligação com a cultura afrobrasileira. No cinema e na tevê, os papéis destinados a atores negros parecem ser sempre os mesmos, geralmente, baseados em estereótipos. Como você acredita que se possa mudar essa realidade?
Elke: Já está sendo mudada. Os atores negros estão ganhando mais espaço e melhores papéis... Estereótipos são péssimos.
O filme A Noiva da Cidade mostra uma médica negra e uma empregada branca para evidenciar como fazem mal os estereótipos. Fui criada em Minas Gerais em uma fazenda com pessoas negras. Todo o meu visual tem uma forte influência da cultura negra.
No blog existe uma matéria sobre a importância dos cineclubes e mostras para a formação cultural e divulgação dos filmes nacionais. Você conhece ou já teve alguma experiência com cineclubes?
Elke: São extremamente necessários os cineclubes e mostras para o cinema. Em Ipoema (distrito da cidade de Itabira- MG), com apenas 3 mil pessoas, é organizada todos os anos uma mostra, e o vencedor leva pra casa o troféu Elke Maravilha. Um senhorzinho de 80 anos, não lembro o nome dele agora, que fez um curta, levou o troféu deste ano.
Elke, obrigado pela entrevista e gostaria que você deixasse uma mensagem para os cooperados da CCB.
Elke: Desejo que a cooperativa continue sempre com força total. Sou fã da Marília (presidente da CCB) e da Gandia (vice-presidente da CCB). São duas pessoas idealistas. Então, crianças, cooperem muito!
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