Por Giorgio Rocha,
O fortalecimento do cooperativismo no Brasil revela uma faceta interessante: o forte crescimento da participação feminina nas cooperativas. Não só aumentou o número de mulheres associadas, agora, elas passaram a predominar nos cargos executivos das associações.
Alguns fatores foram apontados para se entender por que o sistema cooperativista se adequa perfeitamente às aspirações profissionais das mulheres:
A expansão das cooperativas nas cidades, onde se concentra a mão de obra feminina.
O perfil empreendedor diferenciado das mulheres, mais abertas a novas alternativas de trabalho.
A flexibilidade de horário que faz com que as mulheres tenham mais tempo para suas famílias.
E a identificação das mulheres com um modelo que busca o bem-estar e a satisfação das pessoas e não apenas o lucro.
A Cooperativa Cultural Brasileira se enquadra nesse fenômeno de crescimento da participação feminina nas cooperativas. Temos mulheres chefiando diversos departamentos da CCB. A mudança começou no ano de 2008 com a eleição da administradora e produtora cultural Marília de Lima para a presidência da cooperativa.
Em 2010, a Cooperativa Cultural Brasileira inovou com a eleição de duas mulheres para a vice-presidência. Foram eleitas para ocupar o cargo: a artista plástica Mônica Nunes, que desenvolveu um belo trabalho como arte-educadora do Projeto Arrastão e foi responsável pela Curadoria do Acervo da Estação Especial da Lapa e, a produtora cultural Gandia Silva, responsável pela produção do projeto Caixa Cênica.
Para fechar a lista temos um quarteto feminino afinado chefiando os departamentos da Cooperativa Cultural Brasileira:
Daisy Cordeiro, cantora e produtora, coordenadora do departamento de Cultura e Fomento,
Claudia Ferraresso, gestora cultural, coordenadora do departamento de Projetos,
Solange Buso, produtora cultural, diretora de produção da cooperativa, e
Heloisa Helena, professora e musicista, diretora musical da cooperativa.
O forte crescimento da participação feminina em cooperativas é um fato recente. Mas, sem dúvida, a chance de equilibrar a vida profissional com a pessoal é o motivo da expressiva participação feminina no sistema cooperativista.
* Na foto da postagem a presidente da Cooperativa Cultural Brasileira Marília de Lima.
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