Por Giorgio Rocha
O maestro Júlio Medaglia, 71, mostra-se incansável e irredutível na luta de levar a música erudita a todas as partes do Brasil, e diz na entrevista concedida a Cooperativa Cultural Brasileira que a falta de conhecimento da iniciativa privada sobre o potencial da música clássica e o descaso e despreparo do poder público são os maiores entraves para a sua popularização.
Medaglia cita como exemplo a criação da Amazonas Filarmônica para mostrar que existe uma demanda reprimida pela música clássica: “no começo tive que trazer músicos do exterior para formar a filarmônica, após 3 anos surgiram diversas orquestras jovens em Manaus de altíssima qualidade, e a cidade se musicalizou. Agora toca música clássica em qualquer lugar, de botequins a igrejas”.
“A mídia fechou as portas para a música de qualidade, a gente tem que esquecer aqueles esquemas antigos que naturalmente levavam as pessoas a ouvir boa música, tem que ser guerrilha cultural, tem que ser como uma cooperativa, que abre espaço para que os artistas se reúnam em busca de um caminho alternativo e um destino comum, fora da grande mídia”.
Durante a entrevista, o maestro Júlio Medaglia falou sobre música nas escolas, o programa de TV Prelúdio, Lei Rouanet, projetos sociais de música clássica, criação de novas orquestras, cinema e muito mais. A matéria na integra será publicada na edição de março do jornal Brasil Cultural.
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