Coisas que só o cinema consegue fazer

Postado em 25 de outubro de 2010 por Cooperativa Cultural Brasileira


Por Giorgio Rocha

12 mil pessoas acompanharam uma exibição de Metropolis, ontem, no Parque do Ibirapuera. A sessão a céu aberto, com direito a regência ao vivo da Orquestra Jazz Sinfônica, fez parte da programação da 34ª Mostra Internacional de Cinema.

O filme clássico, de 1927, do cineasta austríaco Fritz Lang, dispensa qualquer tipo de apresentação. Não conhece, clique aqui.

Os que foram ao parque assistiram uma versão restaurada e com o acréscimo de 25 minutos de cenas inéditas. As novas cenas vieram de rolos perdidos encontrados na Argentina.

Como o filme retrata o futuro da humanidade, me atrevo a imaginar um futuro em que a as salas de cinema conseguiram finalmente se libertar da opressão dos shopping centers e da crueldade dos seus ambientes multiplex. Um futuro em que o cinema é um experiência coletiva significativa e não um experiência babaca, para alguns poucos poderem comer uma refeição acompanhada de uma taça de vinho, por “módicos” 200 reais, sem se importar com o filme exibido na tela.

Os 12 mil que estavam ontem na sessão foram ao cinema e, não, simplesmente, estiveram no cinema. Uma experiência coletiva assim é cada vez mais rara. Infelizmente.

Mudando um pouco uma frase célebre do filme Metropolis : O mediador entre o público e os filmes deve ser a sala de cinema! Ontem, a projeção feita na parede do Auditório Ibirapuera se transformou em uma verdadeira sala de cinema.

Veja aqui a programação da 34ª Mostra Internacional de Cinema.

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